%0 Journal Article %T Estudantes ou ouvintes? O p¨²blico das faculdades de letras e ci¨ºncias no s¨¦culo 19 (1808-1878) %A Boris Nogu¨¨s %A Tradu£¿£¿o Maria Helena Camara Bastos %J Hist¨®ria da Educa£¿£¿o %D 2011 %I Associa??o Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Hist¨®ria da Educa??o (ASPHE) %X O estudo op e duas categorias no p¨²blico das faculdades de letras e de ci¨ºncias no s¨¦culo 19: os estudantes, que desejam uma forma o, e os ouvintes livres, que assistem os cursos acima de tudo por prazer. Os decretos que organizam a universidade imperial, a partir de 1808, prev¨ºem cursos para os estudantes. Mas desde a Restaura o (1815-1830), os cursos da faculdade tornam-se lugares de express o pol¨ªtica, de representa o social ou, simplesmente, de distra o e de cultura para a boa sociedade francesa que disp e de tempo livre. Sobretudo em letras, os cursos s o um espet¨¢culo, sem programa cient¨ªfico nem objetivo de forma o. O valor do professor ¨¦ medido por suas qualidades ret¨®ricas, mais que suas capacidades cient¨ªficas. Desde 1837, as cr¨ªticas oriundas do pr¨®prio corpo docente aumentam contra essa situa o. Essas cr¨ªticas assinalam a incapacidade de tal sistema em formar corretamente cientistas e se apoiam na compara o com o estrangeiro (Londres e Turin s o citados em 1840, antes que o modelo alem o se tornasse a refer¨ºncia, nos anos 1860). Como as autoridades n o reagiram imediatamente, as pr¨¢ticas docentes satisfizeram em parte as car¨ºncias constatadas, atrav¨¦s da ado o de confer¨ºncias fechadas ou de cursos particulares organizados por iniciativa pessoal de um ou outro professor. A orienta o oficial dos cursos da faculdade ¨¦ realizada progressivamente, a partir de 1855, por raz es pol¨ªticas (centrar o ensino sobre os conte¨²dos cient¨ªficos evitando que as faculdades tornem-se lugares de contesta o) e econ micas (a Fran a industrial necessitava de quadros t¨¦cnicos). Em 1868 ¨¦ criada, a partir do modelo alem o, a Escola Pr¨¢tica de Altos Estudos (¨¦cole Pratique des Hautes ¨¦tudes), que se destina aos estudantes selecionados e recusa o p¨²blico exterior. Depois da derrota de 1870 para a Alemanha e a instala o da Rep¨²blica, o governo obriga os professores a ministrar uma verdadeira forma o nos cursos e generaliza para todos os estudantes inscritos as confer¨ºncias e os trabalhos dirigidos que lhe s o reservados. %U http://seer.ufrgs.br/asphe/article/view/20106