%0 Journal Article %T De -landia a -olandia: abordagem morfossemantica das constru£¿£¿es X-landia no portugu¨ºs do Brasil %A Carlos Alexandre Gon£¿alves %A Felipe Silva Vital %A Sandra Pereira Bernardo %J - %D 2018 %X Neste trabalho, descreve-se o estatuto mofossemantico das forma£¿£¿es lexicais terminadas -landia em portugu¨ºs: suas caracter¨ªsticas formais e as extens£¿es de significado operadas ao longo do tempo. Para representar os aspectos fonol¨®gicos e morfol¨®gicos relevantes dessas forma£¿£¿es, utilizamos o modelo de Booij (2005, 2010), denominado Morfologia Construcional. Por sua vez, as caracter¨ªsticas semantico-cognitivas de X-(o)landia s£¿o abordadas ¨¤ luz da Teoria da Mesclagem Conceptual, de Fauconnier & Turner (2002), observando que dom¨ªnios est£¿o envolvidos e como se d¨¢ o processamento na mescla. Contamos com um corpus constitu¨ªdo de 114 palavras, extra¨ªdas, principalmente, de dicion¨¢rios eletr£¿nicos, como o Aur¨¦lio e o Houaiss. Procuramos mostrar que as novas forma£¿£¿es diferem das mais antigas n£¿o apenas por apresentar a vogal fronteiri£¿a -o- (cf. ¡®Ceilandia¡¯ vc. ¡®cracolandia¡¯), mas, sobretudo, porque ativam um frame que leva o produto a nomear locais de aglomera£¿£¿o, como ¡®macacolandia¡¯ (¡°local repleto de pessoas de cor negra¡±) e ¡®macholandia¡¯ (¡°lugar de reuni£¿o de heterossexuais masculinos para divers£¿o e lazer¡±). No caso dos oni£¿nimos, como ¡®sushilandia¡¯ (¡°restaurante de comida oriental¡±), a mescla ¨¦ feita por completamento, enquanto, nas forma£¿£¿es X-olandia, d¨¢-se com elabora£¿£¿o. A principal diferen£¿a entre esses dois ¨²ltimos usos recentes ¨¦ a express£¿o de ponto de vista, pois X-olandia remete a formas quase sempre avaliadas negativamente pelo conceptualizador: n£¿o s£¿o lugares circunscritos, sendo percebidos, antes, como ¨¢reas com grande contingente de elementos depreciados pelo nomeador %K Morfologia %K semantica %K espa£¿os mentais %K mesclagem %K forma£¿£¿o de palavras %U http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/25480