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Sociedade e Estado 2012
Como continuaram os processos civilizadores: rumo a uma informaliza o dos comportamentos e a uma personalidade de terceira naturezaKeywords: Processos Civilizadores , Informaliza o dos Comportamentos , Terceira Natureza , Civilizing Processes , Informalization of Behaviors , Third Nature Abstract: Baseado em uma análise de livros de boas maneiras, datados desde 1890, em quatro países ocidentais, este artigo descreve como "processos civilizadores" continuaram nos séculos XIX e XX. O artigo concentra-se, primeiro, em três fun es centrais de uma "boa sociedade" e de seu código de costumes e maneiras e, em seguida, descreve como, em um processo de longa dura o de formaliza o dos costumes e maneiras e de disciplinamento de pessoas, emo es "perigosas", como aquelas relativas à violência física (incluindo a sexual), passaram a ser controladas de modos cada vez mais automáticos. Sendo assim, um tipo de personalidade de segunda natureza ou de consciência dominada tornou-se predominante. O século XX, por sua vez, assistiu ao aumento dos constrangimentos sociais em favor de condutas descontraídas, além de reflexivas, flexíveis e alertas. Tais press es coincidiram com uma informaliza o dos comportamentos e uma emancipa o de emo es: emo es que haviam sido negadas e reprimidas recuperaram acesso à consciência e maior aceita o nos códigos sociais. No entanto, foi somente a partir da "Revolu o Expressiva" da década de 1960 que, cada vez mais, os padr es de autocontrole têm habilitado as pessoas a admitirem, para si mesmas e os outros, a possibilidade de se sentir emo es "perigosas" sem incitar vergonha, mais especificamente, o receio de perder o controle e a dignidade. à medida que se tornou "natural" perceber os impulsos e as demandas de ambas, da "primeira natureza" e da "segunda natureza", bem como os perigos e as oportunidades, de curta e longa dura o, em qualquer situa o ou rela o, tem se desenvolvido um tipo de personalidade de "terceira natureza". Exemplos ilustrativos dessas tendências também nos ajudam a entendê-las como um processo de integra o psíquica desencadeado por um processo de integra o social continuada. Based on an analysis of manners books in four Western countries since 1890, this paper describes how "civilizing processes" have continued in the nineteenth and twentieth centuries. The paper first focuses on three central functions of a "good society" and its code of manners, and then describes how, in a long-term phase of formalizing manners and disciplining people, "dangerous" emotions such as those related to physical (including sexual) violence came to be controlled in increasingly automatic ways. Thus, a second-nature or conscience-dominated type of personality became dominant. The twentieth century saw rising social constraints towards being unconstrained, and yet reflective, flexible, and alert. These pressures coincide
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