|
Prevalência e desfechos clínicos de infec es em UTIs brasileiras: subanálise do estudo EPIC II Prevalence and outcomes of infections in Brazilian ICUs: a subanalysis of EPIC II studyDOI: 10.1590/s0103-507x2012000200008 Keywords: Sepse , Prevalência , Mortalidade , Infec o , Unidades de terapia intensiva , Sepsis , Prevalence , Mortality , Infection , Intensive care units Abstract: OBJETIVO: Demonstrar as taxas de prevalência de infec o em unidades de terapia intensiva brasileiras e mortalidade atribuída pela análise dos dados -obtidos pelo estudo Extended Prevalence of Infection in Intensive Care (EPIC II). MéTODOS: O EPIC II é um estudo multicêntrico, internacional, prospectivo, de prevalência de infec o em UTIs, realizado em apenas um dia. Ele descreve as características demográficas, fisiológicas, bacteriológicas, terapêuticas, acompanhamento até o 60o dia, a prevalência de infec o, a taxa de mortalidade de todos os pacientes internados nas unidades de terapia intensiva participantes entre zero hora e meia noite do dia 8 de maio de 2007. Um total de 14.414 pacientes foram inlcuídos no estudo original, sendo que destes, 1.235 eram brasileiros provenientes de 90 unidades de terapia intensiva do país, que representaram o foco do estudo. RESULTADOS: Dos 1.235 pacientes, 61,6% apresentavam infec o no dia do estudo, sendo que o pulm o era o principal sítio de infec o (71,2%). Metade dos pacientes apresentava cultura positiva, sendo que o predomínio foi de bacilos Gram-negativos (72%). No dia do estudo, o Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) mediano foi 5 (3-8) e o Simplified Acute Physiology Score II (SAPS II) mediano 36 (26-47). Os doentes infectados apresentaram escore SOFA significativamente maior do que os n o infectados, 6 (4-9) e 3 (2-6), respectivamente. A taxa de mortalidade global na unidade de terapia intensiva foi 28,4%, sendo de 37,6% em infectados e 13,2% em n o infectados (p<0,001). Da mesma forma, a taxa de mortalidade hospitalar foi maior em pacientes infectados (44,2% versus 17,7%), tendo como taxa global 34,2% (p<0,001). Na análise multivariada, os principais fatores relacioanados ao desenvolvimento de infec o foram cirurgia de emergência (OR: 2,89, IC95%=1,72-4,86; p<0,001), ventila o mecanica (OR=2,06, IC95%=1,5-2,82; p<0,001), SAPS II - por ponto obtido (OR=1,04, IC95%=1,03-1,06; p<0,001) e para mortalidade foram insuficiência cardíaca congestiva (ICC) Classe Funcional III/IV (OR=3,0, IC95%=1,51-5,98; p<0,01), diabetes mellitus (OR=0,48, IC95%=0,25-0,95; p<0,03), cirrose (OR=4,62, IC95%=1,47-14,5; p<0,01), gênero masculino (OR=0,68, IC95%=0,46-1,0; p<0,05), ventila o mecanica (OR=1,87, IC95%=1,19-2,95; p<0,01), hemodiálise (OR 1,98, IC95%=1,05-3,75; p<0,03), SAPS II - por ponto obtido (OR=1,08, IC95%=1,06-1,10; p<0,001). CONCLUS O: Taxas de prevalência de infec o e de mortalidade mais elevadas que outros relatos foram observadas na presente amostra. Há clara rela o entre infec o e mortalidade. OB
|