|
História (S?o Paulo) 2012
Na Bahia Setecentista, um pioneiro do abolicionismo? In eighteenth-century Bahia, a pioneer of abolitionism?Keywords: Etiope resgatado , Ribeiro Rocha , escravid o , igreja , Etíope resgatado , Ribeiro Rocha , slavery , church Abstract: No ano de 1992, foi republicado por Paulo Suess Etíope Resgatado, de autoria do Pe. Manuel Ribeiro Rocha. Tratava-se de obra raríssima, pois, quanto consta, só havia em todo o Brasil um único exemplar, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Já vinha eu fazendo pesquisas em torno do Pe. Ribeiro Rocha, a quem costumava qualificar de "pioneiro do abolicionismo" no Brasil. Com a reedi o de Etíope Resgatado, tomei conhecimento da leitura de Paulo Suess, numa dire o quase totalmente contrária. Para este, Ribeiro Rocha n o passaria de um simples "reformista", que nada acrescentara de ideia libertária ao problema da escravid o negra. Aliás, essa tinha sido a tese de Ronaldo Vainfas e José Honório Rodrigues, que veem na obra de Ribeiro Rocha mais um exemplar do "pensamento escravista", que apenas condenava, como o faziam todos os homens de Igreja, os excessos e barbaridades da escravid o negra. Todo este nosso trabalho se orienta, portanto, na dire o de uma leitura "abolicionista" do Etíope Resgatado, embora admita as evidências claras de "concess es" feitas por Ribeiro Rocha à situa o escravocrata de seu tempo. In 1992, there was republished by Paulo Suess "Etíope resgatado", written by Father Manuel Ribeiro Rocha. It was very rare work, because, as stated, there was a single copy in the National Library of Rio de Janeiro in Brazil. I had, at this point, already started a research about the Father Ribeiro Rocha, whom used to be described as "a pioneer of abolitionism" in Brazil. With the reissue of "Etíope resgatado", I took notice about Paulo Suess lecture, in an almost completely opposite direction. According to Suess, Ribeiro Rocha was nothing more than a simple "reformer" who had added nothing to the problem of libertarian idea of black slavery. Incidentally, this was the thesis Vainfas Ronaldo and Jose Honorio Rodrigues argued, who saw the work of Ribeiro Rocha another copy of "slavery thought" which only condemned, as did all the men of the Church, the excesses and atrocities of black slavery. This work is orientate, therefore, toward an "abolitionist" reading of "Etíope resgatado", although it admits the clear evidence of "concessions" made by Ribeiro Rocha to the slave situation of his time.
|