|
Trabalho em equipe interdisciplinar de saúde como um espa o de reconhecimento: contribui es da teoria de Axel Honneth Interdisciplinary health care teamwork as a space of recognition: contributions of Axel Honneth's theoryKeywords: equipe de assistência ao paciente , rela es profissional-paciente , interdisciplinaridade , intersubjetividade , Axel Honneth , patient care team , professional-patient relations , interdisciplinarity , intersubjectivity , Axel Honneth Abstract: O presente estudo teórico tem como objetivo relacionar uma discuss o sobre o trabalho em equipe interdisciplinar nos servi os públicos de saúde com os principais conceitos do filósofo contemporaneo Axel Honneth, dentre eles aquele que denominou Luta por Reconhecimento. Para tanto, partimos da revis o da no o de sujeito na teoria honnethiana, sobretudo a partir do diálogo que faz com a psicanálise de Donald Winnicott. Destacamos que se trata de um sujeito eminentemente social, cuja constitui o depende do reconhecimento do outro em rela o a sua alteridade e da legitima o do seu pertencimento a um grupo social. Mostramos que esse reconhecimento se dá através de um processo de luta, essencial para o desenvolvimento da capacidade de amar e se relacionar com o outro. Em seguida, defendemos que o trabalho em equipes interdisciplinares pode ser um espa o para o reconhecimento dos profissionais, tal como discutido por Honneth. Consequentemente, as equipes podem facilitar o desenvolvimento de trabalhos criativos e inova es na organiza o da assistência oferecida aos pacientes. This theoretical study aims to correlate the discussion about interdisciplinary teamwork in public health institutions with the key concepts of contemporary philosopher Axel Honneth with regards to what he called the Struggle for Recognition. We start by revising the notion of subject in Honneth's theory, especially based on his dialogue with Donald Winnicott's psychoanalysis. We highlight that this subject is eminently social; its constitution depends on the recognition of others regarding its otherness and the legitimacy of its belonging to a social group. Next, we show that this recognition occurs through a process of struggle, which is essential for developing the capacity to love and to relate to others. We then argue that the work in interdisciplinary teams can be configured as a potent space for the recognition of professionals, as discussed by Honneth. Teams may thus facilitate the development of creative work and innovations in the organization of care provided to patients.
|