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Tradu o e Sociolinguística Variacionista: a língua pode traduzir a sociedade?Keywords: processo tradutório , equivalência , Sociolinguística Variacionista. Abstract: Este artigo tem como objetivo discutir o processo tradutório e, em especial, a no o de equivalência a partir dos pressupostos teóricos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 1972, 1982, 1994, 2001). Partindo do princípio de que os dialetos e os socioletos que comp em cada sociedade/comunidade linguística s o representativos de realidades específicas, pretende-se debater qual seria o papel do tradutor como intermediador de variantes e variedades linguísticas motivadas socialmente. Conforme defendemos, uma recupera o total e estrita dos dialetos e socioletos que comp em o discurso do texto de partida n o seria possível no processo tradutório, já que o tradutor sempre lida com realidades linguístico-culturais diversas. Se cada dialeto e cada socioleto reflete a heterogeneidade social que caracteriza cada língua ou comunidade linguística, n o é possível ao tradutor recuperar fielmente essa heterogeneidade linguístico-social. Por mais que o tradutor busque na língua de chegada uma variedade linguística parecida ou, até mesmo, correlata àquela que caracteriza o texto fonte, ele nunca estará refletindo a mesma realidade sócio-histórico-cultural. Nesse sentido, como discutimos neste trabalho, o papel do tradutor – ao lidar com variantes/variedades linguísticas distintas – acaba consistindo em optar, nos termos de Venuti (1995), por uma postura domesticante ou estrangeirizante.
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