A autogest o ensinando e encenando: um estudo etnográfico em uma organiza o cultural de Porto Alegre. The self-management teaching and performing: an ethnographic study in a cultural organization in Porto Alegre

This article aims to analyze the forms of cultural and autonomous social movements, based on an ethnographic study in a theater group in Porto Alegre. The study emphasizes the importance of some manage actions in cultural organizations in order to maintain cultural identity and regional development, in a new form of relationship with the private and state sphere. The theoretical effort is the search of the sociological origins of the concept, from the perspectives of Marx and Proudhon, covering also a revision of contemporary authors. Within the academic community the concept takes space, in the search for other forms of organization in society and against the pressures of the neoliberalism and globalization. It is concluded that cultural organizations have potential to act again the problems of the capitalism, dealing with democratic principles, and with a horizontal and flexible structure. Este artigo tem por objetivo analisar as formas de autogest o de organiza es culturais, com base em um estudo etnográfico em uma organiza o cultural de Porto Alegre. O estudo ressalta a importancia de a es de autogest o em organiza es culturais como forma de manter a identidade cultural regional e o desenvolvimento local, sendo uma forma alternativa de prática organizacional, de rela o com a esfera privada e com o Estado. O esfor o teórico é pela busca das origens sociológicas do conceito, a partir das perspectivas de Marx e Proudhon, abrangendo a revis o sobre outra possibilidade de gest o de organiza es. Dentro da comunidade acadêmica, o conceito adquire novamente espa o, por buscar outras formas de organiza o na sociedade e desenvolvimento local, em detrimento às press es do modelo neoliberal e da globaliza o. Conclui-se que organiza es culturais autogeridas possuem potencial de a o frente às disfun es do capitalismo vigente, tratando, com princípios democráticos, uma estrutura horizontal e flexível.