Decis es sobre as Formas de Governan a na Perspectiva de Capacidades: Uma análise do Sistema Financeiro Brasileiro.

A reestrutura o econ mica em nível mundial induziu inúmeras estratégias para a reorganiza o do sistema financeiro, que n o têm mais seus contornos e limites claramente estabelecidos. Verificou-se acentuada transforma o nas organiza es bancárias, resultado de falências, fus es, incorpora es e aquisi es, bem como de privatiza es. Esse movimento exigiu padroniza es tanto no autoatendimento como nas formas de governan a dos processos de BackOffice. Assim, tais processos atingiram um patamar de equivalência nos custos de processamento e qualidade das atividades bancárias que praticamente n o diferenciam os participantes do sistema. Na medida em que os processos do sistema financeiro tornam-se padronizados, n o existe mais especificidade dos ativos na ótica da Economia dos Custos de Transa o (ECT), proposta por Williamson (1991a). As formas de governan a, ent o, seriam uma busca por terceiriza es e outsourcing. Entretanto, Argyres (1996) prop e a amplia o da discuss o sobre as decis es make-or-buy, a partir da perspectiva de capacidades, amparada na Vis o Baseada em Recursos (Penrose,([1959], 2009). Nesse sentido, esse estudo tem como objetivo efetuar uma análise das atividades do sistema financeiro brasileiro a partir dos fundamentos da perspectiva de capacidades. Pretende-se investigar as decis es sobre as formas de governan a do sistema financeiro brasileiro a partir dos dados apresentados pela FEBRABAN (2009, 2011) e depoimentos de executivos do sistema financeiro. As análises sugerem que, embora exista uma tendência e inúmeras vantagens relacionadas à terceiriza o e outsourcing, existem fortes motivos que restringem essa prática, como o mercado de fornecedores pouco amadurecido e o risco de comprometimento da imagem da institui o em casos de fraudes.