Rela o poder-saber e formas de resistência em documentos educacionais governamentais sobre ensino de língua estrangeira

Considerando o discurso político-educacional como meio de manifesta o de poder, este artigo tem como objetivo propor reflex es acerca da rela o poder-saber em documentos educacionais de diferentes esferas governamentais, nos quais se apresentam eventuais formas de resistência. Para verificar como se dá essa rela o, ser o analisadas as Orienta es Curriculares para o Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, documento elaborado pela Secretaria de Educa o Básica (SEB) e a Proposta Curricular do Estado de S o Paulo: Língua Estrangeira Moderna – Inglês, da Secretaria da Educa o de S o Paulo (SEE), publicadas em 2006 e 2008, respectivamente. Para tanto, o arcabou o teórico será embasado em conceitos sobre a rela o poder-saber, formas de resistência e regimes de verdade amplamente discutidos por Foucault (1971, 2008), Pêcheux (1990), Mascia (2002), Bertoldo (2003), Coracini (2003), Gregolin (2004), Orlandi (2006), Veiga-Neto (2007), Possenti (2007) e Amarante (2009). Por meio da análise desses documentos, notou-se a presen a de tra os argumentativos que contribuem para o estabelecimento de um regime de verdade, perpassado por rela es de poder-saber. Além disso, os resultados obtidos apontam para polêmicas existentes entre as Orienta es Curriculares Nacionais e a Proposta Curricular do Estado de S o Paulo no que concerne aos pressupostos teóricos e orienta es práticas para o ensino e aprendizagem de línguas.