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ISSN: 2333-9721
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Assembleia de Moluscos da Regi o do Pantano do Ramalho, Cabo Frio, RJ: Indicadores Biológicos de Varia o do Nível Relativo do Mar Durante o Holoceno

Keywords: Assembleia de moluscos , Holoceno , Cabo Frio

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Abstract:

Na planície costeira do Rio Una, Cabo Frio, litoral Norte do Estado do Rio de Janeiro, s o encontradas evidências biológicas de varia o do nível relativo do mar durante o Holoceno, representadas por acumula es muito densas e de ampla distribui o compostas predominantemente por conchas de moluscos. O presente trabalho tem como objetivo descrever uma nova ocorrência de acumula o de conchas de moluscos na regi o do pantano no Ramalho, planície costeira do rio Una. A área de estudo situa-se no interior do condomínio Portal de Búzios, localizado na Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106) na altura do Km 125 entre as coordenadas 22o44’53’’S e 42o03’29’’W. O levantamento da cota altimétrica do banco de conchas foi realizado através de rastreadores DGPS’s Pro Mark 2. Para realiza o das análises taxon micas, paleoecológicas e geocronológicas foram coletadas aproximadamente 1,75 dm3 de conchas de moluscos em uma trincheira de 0,50 cm, escavada na margem de uma pequena represa na área do condomínio Portal de Búzios. Aproximadamente 100 gramas de conchas da espécie Anomalocardia brasiliana foram enviadas para data o absoluta pelo método radicarbono para o Beta Analytic Inc, na cidade de Miami – Estados Unidos. Dados obtidos através de um DGPS pro mark 2 apontam uma altimetria de 0,90 m acima do nível do mar atual. Somente três espécies de moluscos foram identificadas neste depósito: Anomalocardia brasiliana, Crassostrea rizophorae e Lucina pectinata. A. brasiliana e L. pectinata têm hábito infaunal n o aderido, vivem em fundos arenosos ou lamosos. C. rizophorae tem hábito epifaunal aderido, vivem em substratos rochosos e de cascalho. As três espécies apresentam cotas batimétricas variando entre 0 a 30 m de profundidade. A maior parte das conchas encontradas se apresenta com baixo grau de fragmenta o e corros o, indicando pouco ou nenhum transporte. Algumas conchas de L. pectinata e A. brasiliana encontram-se articuladas, e as conchas de C. rizophorae encontram-se incrustadas nas conchas das outras espécies. A idade convencional do depósito é de 5.780 + 70 A.P., calibrada pelo programa CALIB 5.0, em 5.997 – 6.333 anos cal. A.P. Esses dados s o similares às idades encontradas em depósitos análogos ao longo do litoral norte do estado do Rio de Janeiro.

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