DA REMEDIA O à CONVERGêNCIA: UM OLHAR SOBRE OS MEDIA PORTUGUESES

A digitaliza o no setor do jornalismo e a emergência da Internet transformaram a convergência mediática num novo campo de investiga o. Numa primeira fase, os investigadores concentraram-se nos processos de convergência dentro das, nomeadamente nas quest es relacionadas com a reorganiza o empresarial (KETTERER et al.,2004; QUINN, 2005) e com as rotinas profissionais dos jornalistas (SALAVERRíA, 2003; MASIP; MICó, 2009; VERWEIJ, 2009). Mas cedo se percebeu que a convergência influenciava uma área mais vasta. A migra o dos meios tradicionais para a Internet e a rápida evolu o tecnológica mostraram que a convergência era um fen meno transversal que ocorria também no campo dos conteúdos (CáDIMA, 1999; QUINN; FILAK, 2005), na distribui o de notícias (BRUNS, 2003; CABRERA, 2010) e no consumo de informa o (BOWMAN; WILLIS, 2003; JENKINS, 2006; SUNDET; YTREBERG, 2009). Porque acreditamos que a convergência de conteúdos implica necessariamente uma convergência nos processos a montante, neste trabalho debru amo-nos exclusivamente sobre o resultado do processo noticioso: os conteúdos jornalísticos. Com base na realidade portuguesa procuramos diferenciar os conceitos de convergência e remedia o (BOLTER; GRUSIN, 1999), identificando marcas características dos dois processos.