Sombras e agua fresca

Na tentativa de aproxima？？o dos procedimentos de Raúl Antelo, este ensaio constrói teias e tece rela？？es etimológicas entre termos que passam pelo colporteur, o vocábulo árabe El-Matrac, o mascate, a palavra tract do francês, em português panfleto, e prop？e um avizinhamento com as atividades dos aguadeiros. A conjun？？o sugerida desemboca no achamento da água no subúrbio do Rio de Janeiro e sua posterior comercializa？？o pelas m？os do aguadeiro Domingos Cam？es. Mediante o cruzamento desses termos e informa？？es, frente ao top？nimo carioca ？ o bairro de água Santa ？ o texto sugere o reencantamento do mundo e a reativa？？o da história (ainda que inventada, ficcionada), bem como a postura anti-teológico-política para “uma crítica que resgate o caráter acéfalo da existência”, que Antelo nos desafia a assumir