A reprodu？？o de velhos paradigmas em políticas de transporte e mobilidade: uma análise da regi？o metropolitana de Florianópolis

As políticas de mobilidade urbana na Regi？o Metropolitana de Florianópolis (RMF) têm sido afetadas por atributos inerentes à sua forma？？o sócio-espacial. A estrutura política e as institui？？es de planejamento e gest？o conformam uma superestrutura derivada de rela？？es sociais conservadoras, sedimentadas no Estado e na sociedade civil, cujo resultado territorial se reflete na materializa？？o de paradigmas de planejamento já superados, aprofundando as contradi？？es entre território e mobilidade. Tais propostas tentam emular interven？？es que obtiveram sucesso em outros contextos e temporalidades sem, no entanto, resolver contradi？？es singulares do sistema de transporte público florianopolitano. As institui？？es de planejamento omitem-se em tocar nas estruturas de poder formadas entorno dos transportes públicos e do setor imobiliário. Assim, interven？？es baseadas na concep？？o de um espa？o conectivo ignoram que os transportes s？o apenas parte de uma política mais ampla de mobilidade. Desconsideram também a necessidade de uma política de mescla de usos do solo, de subsídios aos transportes públicos, de integra？？o de distintas tecnologias de transporte e integra？？o interinstitucional entre os organismos de planejamento. Nesse contexto, a voca？？o desse subespa？o litoraneo catarinense para as mobilidades n？o-motorizadas, para os transportes marítimos e ferroviário leve – derivada da urbaniza？？o portuguesa, compacta e encravada em promontórios marítimos – é surpreendentemente negligenciada